Parque dos Dinossauros III

Após sobreviver aos Consultorssauros o parque entrou em um novo período de paz e equilíbrio. As espécies estavam organizadas e separadas por setores. O setor DTEC era ocupado pelos Engenheirossauros, uma espécie consumidora, dependente dos Bagressauros do setor DEINF que gerava praticamente todo alimento consumido no parque. Havia também o setor DPED criado para abrigar os Mestradossauros e Doutorsssauros e formar as novas gerações do parque. Todo alimento produzido era centralizado na Diretoria do parque que fazia a distribuição pelos setores.

Os Engenheirossauros, protegidos pela única cientista feminina do parque, gostavam de brincar com ferramentas de medição, planilhas, gráficos, indicadores, além disso, também gostavam de falar no curioso idioma dos Consultorssauros, o Lambamssês. Mas como não produziam nada não tinham com o quê brincar.

Depender dos Bagressauros para se alimentar e não ter com o quê brincar deixava os Engenheirossauros muito infelizes ao ponto de nem mais quererem se reproduzir. Mas de repente um novo evento mudou toda a ordem do parque. Com a inesperada morte do cientista Diretor, a única cientista do parque assumiu o controle, se proclamou Presidenta e colocou os Engenheirossauros na direção dos setores.

O Engenheirossauro que assumiu o DEINF brincou tanto com suas ferramentas que se esqueceu de cuidar dos Bagressauros, que geravam o alimento do parque. A fonte de alimento e toda cadeia alimentar quase entra em colapso, o que seria o fim do parque. A cientista presidenta achou que o problema ocorreu por culpa dos Bagressauros que segundo ela eram animais extremamente corporativista que não ajudaram o verde Engenheirossauro na fase de aprendizagem. O setor DEINF do parque foi então extinto e todos os Bagressauros foram transferidos para o setor DTEC dirigido por outro Engenheirossauro.

Hoje os Engenheirossauros continuam sem produzir nada, mas já se reproduzem assumindo formas mutantes como PMPs, RDs, ITIL, MCSE e MCSAe, se espalham pelo parque, ocupando lugares estratégicos, brincando com suas ferramentas e eliminando focos de resistência de grupos isolados de Bagressauros e o parque está inchado com muitas novas espécies, o alimento já não dá para todos.

Um velho cientista disse uma vez que "é errando que se aprende". Os Engenheirossauros do parque estão aprendendo muito, todos os dias... O futuro do parque é incerto



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